Como estamos nos preparando para um futuro mais seguro?
Com a crescente preocupação em relação à segurança nas escolas, especialmente depois dos trágicos eventos ocorridos em anos anteriores, é compreensível que pais, educadores e estudantes estejam ansiosos em relação ao que o futuro reserva. Em 2023, no entanto, é possível dizer que estamos nos preparando para um futuro mais seguro nas escolas, graças a avanços na tecnologia, mudanças nas políticas internas e uma maior conscientização da população.
Um dos principais avanços na tecnologia é o uso de câmeras de segurança em todo o campus escolar. Cada vez mais escolas estão investindo em sistemas de vigilância de alta tecnologia, que permitem que os responsáveis monitorem a escola em tempo real e possam agir rapidamente em caso de emergência. Além disso, o uso de tecnologia biométrica, como reconhecimento facial e de impressões digitais, também está se tornando mais comum em algumas escolas, garantindo que apenas as pessoas autorizadas possam entrar no prédio.
Urgência e ações coordenadas
Em Joinville, Santa Catarina, a Prefeitura deu início ao Plano Municipal de Segurança nas Escolas, ação que contém estratégias para 87 Escolas e 75 Centros de Educação Infantil da rede.
“Considerando a urgência deste tema, nós estruturamos todas as ações em um Plano Municipal de Segurança nas Escolas. O objetivo é trazer ainda mais segurança para as nossas Escolas e CEIs e dar mais tranquilidade para alunos, pais, professores e servidores”, afirma o prefeito Adriano Silva.
Diversas instituições do Brasil estão, agora, exigindo que todos os visitantes se identifiquem, além de serem acompanhados por um membro da equipe da escola em todos os momentos. Em alguns estados nos E.U.A já foram aprovadas leis que exigem exercícios regulares de preparação para emergências, como tiroteios e invasões.
Em 2020, o Projeto de Lei 4858 proposto pelo deputado Deuzinho Filho (Republicanos-CE) previa que as escolas públicas e privadas de educação básica mantivessem sistemas permanentes de vigilância eletrônica durante todo o período escolar. Pelo texto, o monitoramento será realizado nas salas de aulas, biblioteca, parques e demais espaços de uso comum, mas será proibido em banheiros de uso individual ou coletivo.
Ainda conforme a proposta, as escolas deverão instalar placas informando a existência de câmaras de vigilância eletrônica. Os pais ou responsáveis pelos estudantes poderão solicitar o acesso às imagens e às gravações do circuito de vigilância eletrônica para verificação de qualquer ilícito ou ocorrência de danos pessoais.*
Recursos e aprendizado
No quesito Inteligência Artificial, estados como Tocantins, capitais como Fortaleza, Goiânia, Rio de Janeiro e Porto Alegre, além dos municípios de Mata de São João (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Águas Lindas (GO), Morrinhos (GO), Betim (MG), Angra dos Reis (RJ), Itanhaém (SP), Potirendaba (SP), Santos (SP) e Xaxim (SC), adotaram políticas de reconhecimento facial para instrumento de segurança e, também, para combater a evasão escolar.
Contudo, a conscientização ainda é fundamental para garantir a seguridade das escolas. A solução para o problema dá-se pelo combate ao que acontece hoje e pela educação para o que acontecerá no futuro.
“Com cuidado para que as ações de resposta rápida não se tornem permanentes”,
afirma Telma Vinha, professora da Faculdade de Educação da Unicamp e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem).**
Segurança pública, privada, sociedade e instituições de ensino precisam agir coordenadamente.
Algumas instituições têm oferecido treinamento para os alunos, funcionários e pais sobre como agir em caso de emergência. Inclui capacitação em primeiros socorros, evacuação e defesa pessoal. As organizações escolares estão trabalhando com empresas e ONG’s locais para reforçar a segurança e disponibilizar recursos adicionais, como assistência financeira para investir em equipamentos e equipes.
Embora ainda haja muito a ser feito para garantir a segurança em todas as escolas, é animador acompanhar as mudanças positivas que estão ocorrendo já em 2023. À medida que continuamos a trabalhar juntos como uma comunidade, podemos criar um futuro mais seguro para nossos alunos e educadores. Juntos, podemos garantir que as escolas sejam lugares acolhedores para todos.
*Fonte: Agência Câmara de Notícias
**Fonte: UOL Ecoa
