A segurança contra incêndio é um tema estratégico para empresas de todos os portes e setores.
Quando falamos sobre prevenção e resposta a emergências, dois agentes são frequentemente mencionados: o bombeiro civil e a brigada de incêndio.
Nesse sentido, embora ambos atuem na proteção de vidas e patrimônios, suas funções, formação e responsabilidades são distintas e, quando bem integradas, se complementam de forma eficiente.
Neste artigo, vamos esclarecer as diferenças entre esses dois profissionais e mostrar como a atuação conjunta contribui para uma gestão de riscos mais eficaz dentro das organizações.
Atribuições do papel do bombeiro civil
O bombeiro civil é um profissional contratado por empresas privadas ou públicas para atuar de forma permanente nas instalações.
Sua formação é regulamentada pela Lei Federal nº 11.901/2009, que estabelece os critérios de capacitação, atuação e requisitos mínimos de formação. De modo geral, o bombeiro civil é responsável por:
- Prevenir e combater princípios de incêndio;
- Atuar em situações de emergência, como vazamentos de gás ou acidentes com vítimas;
- Realizar vistorias técnicas nos equipamentos de combate ao fogo;
- Monitorar rotas de fuga e saídas de emergência;
- Ministrar treinamentos e simulações de evacuação;
- Apoiar o plano de emergência da empresa de forma contínua.
A presença constante e a especialização técnica tornam o bombeiro civil uma peça-chave na segurança contra incêndio em locais com grande circulação de pessoas, alto risco de inflamáveis ou processos industriais complexos.
O papel da brigada de incêndio nas empresas
Segundo artigo publicado pelo Segci (Segurança Contra Incêndio) a brigada de incêndio, por sua vez, é formada por um grupo de colaboradores treinados para atuar voluntariamente em situações de risco, conforme determina a Instrução Técnica nº 17 do Corpo de Bombeiros (em SP) e outras legislações estaduais equivalentes.
Enfim, a composição da brigada leva em consideração o tipo de ocupação, número de pessoas no local e o grau de risco da edificação. Os brigadistas são responsáveis por:
- Prestar os primeiros socorros em situações de emergência;
- Identificar e comunicar focos de incêndio;
- Auxiliar na evacuação de áreas ameaçadas;
- Conhecer e orientar sobre o uso de extintores e equipamentos de combate ao fogo;
- Apoiar o corpo de bombeiros ou os bombeiros civis em ações de contenção.
Embora não atuem de forma exclusiva ou contínua, os brigadistas têm papel essencial na resposta imediata aos incidentes, sobretudo nos primeiros minutos, que são decisivos para evitar a propagação do fogo e proteger vidas.
Diferenças principais entre bombeiro civil e brigada de incêndio
| Critério | Bombeiro Civil | Brigada de Incêndio |
| Vínculo com a empresa | Profissional contratado | Colaborador voluntário |
| Formação | Curso técnico com carga horária definida | Treinamento periódico de curta duração |
| Atuação | Permanente e exclusiva | Pontual, durante emergências |
| Responsabilidade legal | Regulamentado por lei federal | Previsto em normas técnicas estaduais |
| Funções adicionais | Prevenção, inspeção e primeiros socorros | Suporte à evacuação e combate inicial |
Complementaridade que fortalece a segurança
Mais do que comparar funções, é fundamental entender como a atuação desses dois agentes se complementa na prática.
O bombeiro civil traz especialização técnica, presença constante e preparo para ações de maior complexidade.
Já a brigada de incêndio fortalece a capacidade de resposta imediata em diferentes pontos da empresa, ampliando o alcance da atuação preventiva.
Em uma situação de emergência, por exemplo, enquanto o bombeiro civil executa ações técnicas e coordena a resposta, os brigadistas podem atuar na evacuação de áreas, orientar colegas e sinalizar rotas de fuga.
Essa sinergia é ainda mais efetiva quando ambos os grupos participam de treinamentos conjuntos e simulados de emergência.
Requisitos legais e boas práticas
De acordo com a legislação brasileira, empresas classificadas como de médio e alto risco são obrigadas a manter brigadas de incêndio em funcionamento, com treinamentos atualizados e dimensionamento adequado.
Já a contratação de bombeiros civis é obrigatória em locais de grande aglomeração de pessoas, como shoppings, eventos, indústrias e estabelecimentos com riscos específicos.
Contudo, além da conformidade legal, investir na integração entre os dois modelos é uma boa prática de gestão de riscos. Isso garante que os protocolos de resposta a emergências sejam mais coordenados, rápidos e eficientes.
Cenário atual e importância estratégica
A crescente atenção ao tema da segurança corporativa reforça a relevância desses profissionais.
As notícias de incêndios estruturais bateram recorde em 2024, atingindo o maior volume desde o início da série histórica, monitorada pelo Instituto Sprinkler Brasil desde 2017.
De acordo com o levantamento da organização, que realiza o monitoramento diário de notícias sobre incêndios no país, foram registradas 2.453 ocorrências ao longo do ano, um aumento de 10,4% em relação a 2023, quando houve 2.222 registros.
O dado reforça a necessidade de atenção constante à prevenção de incêndios em ambientes industriais e comerciais.
Sendo assim, estruturar uma política sólida de segurança contra incêndio, com a atuação coordenada entre bombeiro civil e brigada de incêndio, é uma decisão estratégica que protege não apenas as instalações, mas também os colaboradores, processos e reputação da empresa.
Como a Delphos apoia a gestão de emergências?
Com tradição no setor de segurança e soluções integradas para empresas, a Delphos oferece serviços que fortalecem a prevenção e resposta a emergências.
Por meio da atuação de bombeiros civis capacitados, da consultoria em normas e da implementação de sistemas de monitoramento, a Delphos auxilia empresas a estruturarem políticas robustas de segurança contra incêndio.
Prevenção é resultado de estratégia e integração
A segurança contra incêndio nas empresas não depende de um único profissional, mas da atuação coordenada de diferentes agentes.
O bombeiro civil, com sua formação técnica e presença contínua, é o eixo central de uma resposta qualificada.
Já a brigada de incêndio, formada por colaboradores treinados, amplia o alcance das ações e reforça o compromisso coletivo com a prevenção.
Em conclusão: integrar essas funções é a chave para construir um ambiente mais seguro, preparado para agir com rapidez, eficiência e responsabilidade diante de situações críticas.
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